A ultima vez que cá estive chovia, chovia muito e no entanto era mais Primavera que hoje.
Passaram poucos dias, muitos para quem espera, muitos para quem tenta esquecer e não consegue.
No intervalo de tempo em que cá estive e cá voltei, a Vida traiu-me, ou bateu-me, ou lembrou-me que a imortalidade só é possivel nos maus filmes ou nos bons romances.
Sinto-me doente, não de doença má ou boa, simplesmente sinto-me doente! Muito doente! De maleita antiga e comum, mas que quem a sofre não sabe a cura. Doença que só o tempo sabe atenuar, pois para tal, cura não existe.
Nem sei bem se é doença, pois se fosse, algum remédio ou mezinha existiria para a matar. Acho que dôr tão profunda e constante não pode ser doença, só a perca doi assim. Não que eu tenha perdido muitas vezes, mas vi muita gente perder e, quando assim é, a perca tem eco!
Espero que quando cá voltar me sinta menos doente! Mas se me sentir mais, não me julgarei mal por isso; pois quando se perde um Amigo não se tem pressa de ficar curado!
Até sempre meu Amigo!
